O Prefeito Sergio Ghignatti recebeu na manhã desta sexta-feira (16) um grupo de 24 pais e moradores do Passo do Seringa que pedem a municipalização da Escola Estadual Monsenhor Armando Teixeira. Desde o começo do ano letivo de 2014 os alunos estudam em salas improvisadas, divididas com lonas, em um salão de festas da comunidade. O problema acontece porque a Prefeitura teve de devolver para ajustes o contrato de cessão de uso apresentado pelo Governo do Estado porque o documento redigido dizia que o Município de Cachoeira do Sul receberia o prédio da escola em perfeitas condições. No entanto, ele está interditado desde o final de 2013 justamente devido a falta de condição de receber os estudantes.
O prefeito tinha informação de que o documento corrigido já estava na 24º CRE e por isso solicitou que representantes da comunidade fossem ao gabinete nesta sexta e pediu que alguém da coordenadoria entregasse o documento para ser assinado. Porém, até as 11h, horário marcado para o encontro, os papéis ainda não haviam chegado. Foi então que Ghignatti solicitou que o vice-prefeito Cléber Cardoso e o procurador Jurídico Leonel Slomp Gonçalves fossem até a Coordenadoria para buscar o documento. No entanto, após 45 minutos, eles receberam um documento, mas que ainda não estava correto. Assim, a comunidade segue aguardando. Algumas mães afirmaram que na segunda-feira de manhã estarão na 24ª CRE para cobrar o documento correto para ser assinado pelo prefeito.
ESCOLA – Larissa Nunes de Souza e Adriana de Oliveira, mães de alunos da Escola Monselhor contam que até o hoje seus filhos não sabem o que é estudar em uma escola. “Quando eles ingressaram no primeiro ano as aulas foram transferidas para o salão. Eles já estão no 5º ano e as aulas seguem no mesmo lugar. Eles não sabem o que é um recreio, uma pracinha ou um refeitório. É tudo improvisado”, lamentam. Hoje a escola tem 10 alunos, mas se fosse municipalizada teria 34, já que muitos estão matriculados na Escola Estadual Dinah Néri Pereira, na Barragem do Capané, principalmente na educação infantil, que tem uma turma em forma de extensão da rede municipal. Há crianças que precisam percorrer quase 80 quilômetros por dia no transporte escolar para poderem estudar.
Reforma em mutirão
A Secretaria Municipal de Educação Ana Margarete Vivian Machado explica que quando for municipalizada, a reforma do prédio deve acontecer em forma de mutirão. “Nossos engenheiros e arquitetos precisam nos dizer o que precisa ser feito. Ai vamos montar um cronograma para fazer um grande mutirão. Vamos ver o que cada um pode ajudar e determinar as atribuições de cada um”, explica.