Laboratório de vetores de Cachoeira já analisou mais de 46 mil larvas de mosquito
Saber se as larvas recolhidas em Cachoeira do Sul pelos agentes de controle de endemias são de mosquito da dengue ou outros vetores é missão do engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal da Saúde, Eduardo Streb, no Laboratório Municipal de Identificação de Vetores, que fica junto ao Departamento de Vigilância em Saúde (DVS). Instalado em 2013, desde lá o número de análise vem crescendo a cada ano.
Entre os anos de 2013 e 2016 já foram analisadas 46.590 larvas de mosquito e neste período nenhuma foi identificada como sendo de aedes aegypt. Possuir um laboratório específico para identificação de vetores é fundamental para agilizar a análise das larvas coletadas pelo 13 agentes de endemias do Município. Antes, o material era enviado para a 8ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que tem a função de analisar as larvas de toda a sua região de abrangência o que as vezes levava várias semanas.
INVERNO – Apesar de ser mais intensa no verão, as coletas seguem no inverno. Segundo Eduardo Streb, a incidência de mosquito diminui nas épocas frias mas não acaba.
Para que o laboratório tivesse todas as condições adequadas para que as análises fossem feitas, recentemente ele recebeu um novo microscópio, além de computador e ar condicionado. “Hoje temos todas as condições para fazer a análise dos possíveis vetores da dengue. Felizmente nunca encontramos mosquito aedes aegypt, mas só podemos ter esta tranquilidade porque conseguimos analisar todas as larvas que chegam até nós”, destacou Eduardo.
Como acontece as coletas?
Os agentes de endemias, coordenadas pela bióloga Rosinele Perez, do Programa de Combate e Enfrentamento ao aedes aegypt, fazem vistorias nas armadilhas e em locais suspeitos e coletam amostras com larvas, que são acondicionadas em tubitos com cerca de 10 larvas cada. No laboratório, cada uma delas e analisada microscopicamente e todos os resultados registrados. Em Cachoeira do Sul, 67% das larvas analisadas nos últimos quatro anos são de aedes albopictus, que é um parente próximo do aedes aegypt, mas no Brasil não transmite a dengue.