A localidade de Mineração, no distrito do Capané, está ganhando nova paisagem com a obra de construção da Pamplac Indústria de Painéis (Grupo Todeschini), em Cachoeira do Sul. Com investimento de R$ 101 milhões, a indústria para beneficiamento de toras de pinus atuará na produção de madeira serrada e pellets, que deve gerar cerca de 90 empregos diretos e mais 200 na operação florestal já existente. A capacidade produtiva mensal do empreendimento será de 16 mil ton/mês de toras, desdobradas em 8 mil m³/mês de tábuas de variadas medidas e 2,6 mil ton/mês de pellets tipo A1 (biocombustível sólido). As edificações do complexo atingirão 27,5 mil m² em uma área total de 68 mil m².
A obra está sendo feita a 55 quilômetros do centro da cidade (30 quilômetros de asfalto e mais 25 quilômetros de estrada de chão). A terraplanagem para a obra da Pamplac está sendo feita pela empresa Fagundes, contratada pela Todeschini. A Prefeitura de Cachoeira do Sul é parceira na obra de rebaixo e aterro da estrada ao redor de onde será a planta. De acordo com o Secretário Municipal de Interior, Paulo Trevisan, o trecho onde as máquinas da Prefeitura atuam é de 350 metros de extensão e 22 metros de largura.
Desde o dia 16 de dezembro 8 homens, uma patrola, uma escavadeira hidráulica, dois tratadores, 4 caçambas e um rolo compactador trabalham de segunda a sábado cerca de 10 horas por dia para fazer a obra da estrada para que ela fique no nível da planta, conforme parceria firmada entre a Prefeitura de Cachoeira do Sul e a direção da Todeschini.
O acordo prevê também que 50% do combustível utilizado pelas máquinas será destinado pela Todeschini, que atualmente está fornecendo também a alimentação para os servidores municipais. A previsão é que até o final da obra sejam utilizados cerca de 15 mil litros de óleo diesel nas máquinas.
R$ 70 MIL – Paulo Trevisan estima que mesmo custeando apenas 50% do óleo diesel do maquinário, a Prefeitura de Cachoeira do Sul investirá aproximadamente R$ 70 mil nesta obra, contabilizando o pagamento dos servidores, gasolina para transporte da equipe diariamente, lubrificantes, filtros, entre outros.
O motorista Jorge Kaspes, que trabalha há 30 anos na Secretaria de Interior, conta que já atuou em obras grandes como a da Usiagro e a da Pecanita, mas o rebaixo e a aterro da estrada para acesso a Pamplac é a maior em que ele já atuou, tanto na questão de tempo quanto a de movimentação de terra. Há trechos onde foi preciso cavar mais de 4 metros até que se chegasse ao nível indicado pelos topógrafos.
Movimento constante de máquinas
Apesar de ser uma área bastante longe da cidade, quem chega ao local se surpreende com a movimentação de máquinas e trabalhadores no local. Nesta terça-feira, quatro equipes estavam no local: uma da Prefeitura atuando na obra da estrada, duas de empresas contratadas pela Todeschini (uma para a construção do primeiro prédio de alvenaria e outra para a terraplanagem) e uma de topógrafos.
As caçambas da Prefeitura fazem fila para serem carregadas pela escavadeira hidráulica, mantendo o trabalho constante. “Cada motorista sai com sua caçamba, descarrega e retorna para a fila. O trabalho é ininterrupto. Já fizemos muita coisa, mas ainda há muito o que ser feito. Queremos concluir nossa parte em 15 dias e a equipe está se esforçando para isso. Eles só têm intervalo para as refeições e voltam imediatamente”, frisou Trevisan.
A previsão da Todeschini é de iniciar a operação da fábrica até dezembro deste ano, embora o cronograma preveja 15 meses para a implantação do investimento.
