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Em 31 de dezembro de 2019, o escritório nacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), na China, foi informado sobre a ocorrência de casos de pneumonia de etiologia desconhecida na cidade de Wuhan, Província de Hubei. Em 09 de janeiro, houve a divulgação da detecção de um novo coronavírus (2019-nCoV) em um paciente hospitalizado com pneumonia em Wuhan. Desde então, casos da doença têm sido registrados em outras cidades da China e em outros países A avaliação de risco da OMS, a partir de 27/01/2020, classifica a evolução deste evento como de Risco Muito Alto para a China e, de Alto Risco para o nível regional e global.
Em 30/01/2020, a OMS declarou o surto de Doença Respiratória Aguda pelo 2019-nCoV como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), e 11/03/2020 Pandemia.
Em Cachoeira do Sul, três casos foram descartados por exames laboratoriais, sexo feminino, 29 anos, sexo masculino, 67 anos e sexo feminino, 76 anos. Permanecem suspeitos 3 casos, masculino, 37 anos e feminino, 38 anos ambos viagem para o México, e mulher de 22 anos, viagem para SP, todos permanecem em isolamento aguardando resultado de exames, todos casos importados ao nosso município. De acordo com o Boletim Epidemiológica 05, do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública/ COVID-19, não deverão mais ser considerados casos suspeitos para COVID-2019 pessoas que retornaram de SP, RJ e BA.
A nova doença causada pelo novo coronavírus (denominado SARS-CoV-2), é uma pandemia, pois, há algumas semanas, esta nova doença viral já havia se espalhado pelo mundo, atingindo os 5 continentes. Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), “O momento da epidemia no Brasil é de prudência; não de pânico”. A epidemia é dinâmica, e as recomendações são frequentemente atualizadas a partir de novos conhecimentos científicos publicados.
A capacidade de contágio (R0), que é o número médio de “contagiados” por cada pessoa doente, do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é de 2,74, ou seja, uma pessoa doente com a COVID-19 transmite o vírus, em média, à outras 2,74 pessoas. Comparativamente, na pandemia de influenza H1N1 em 2009, esta taxa foi de 1,5 e no sarampo é em torno de 15.
As medidas preventivas mais eficazes para reduzir a capacidade de contágio do novo coronavírus são: “etiqueta respiratória”; higienização, com água e sabão ou álcool gel a 70%, frequente das mãos; identificação e isolamento respiratório dos acometidos pela COVID-19 e uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos profissionais de saúde.
O período de incubação, ou seja, o tempo entre o dia do contato com o paciente doente e o início dos sintomas, é, em média, de 5 dias para a COVID-19. Em raros casos, o período de incubação chegou a 14 dias.
Aproximadamente 80 a 85% dos casos são leves e não necessitam hospitalização, devendo permanecer em isolamento respiratório domiciliar; 15% necessitam internamento hospitalar fora da unidade de terapia intensiva (UTI) e menos de 5% precisam de suporte intensivo.
Provavelmente os primeiros 3 a 5 dias de início dos sintomas são os de maior transmissibilidade. Por isso, casos suspeitos devem ficar em isolamento respiratório, desde o primeiro dia de sintomas, até serem descartados.
Como o Brasil é um país “continental”, a epidemia apresenta-se de forma dinâmica. Diferentes cidades e estados podem apresentar fases distintas da epidemia. A primeira fase epidemiológica da COVID-19 é de “casos importados”, em que há poucas pessoas acometidas e todas regressaram de países onde há epidemia. A 2ª fase epidemiológica é de transmissão local, quando pessoas que não viajaram para o exterior ficam doentes, ou seja, há transmissão autóctone, mas ainda é possível identificar o paciente que transmitiu o vírus, geralmente parentes ou pessoas de convívio social próximo. E finalmente pode ocorrer a 3ª fase epidemiológica ou de transmissão comunitária, quando o número de casos aumenta exponencialmente e perdemos a capacidade de identificar a fonte ou pessoa transmissora. Conforme o documento da SBI, ao se identificar a fase inicial de transmissão comunitária, orientações restritivas podem ser recomendadas pelos especialistas.
Equipe Vigilância Epidemiológica - DVS
Fonte:
*Plano de Contingência e Ação estadual do Rio Grande do Sul para Infecção Humana COVID-19, Rio Grande do Sul, Fevereiro de 2020 (Versão 6 – 04/03/2020)
* Informe da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o novo Coronavírus (Atualização de 12/03/2020)