A senhora Cleusa Rodrigues Simão tem 57 anos e viveu toda a vida no Bairro Cristo Rei, em área seguidamente alagada pelo Rio Jacuí. A enchente que atinge Cachoeira, mais uma vez, avançou até a sua casa. Por esse motivo, ela está abrigada na Igreja Santo Antônio. Perguntada sobre quantas enchentes já invadiram sua residência, ela foi sucinta ao responder: “todas”. “Eu falei que dessa vez não voltava mais para lá, estava procurando casa para alugar em outra região da cidade”, comemorou com o documento que a torna apta a comprar a nova casa em mãos.
Ela e outras 9 famílias são as novas contempladas com o Programa Compra Assistida, que beneficia famílias que perderam suas casas na enchente de 2024. As próprias famílias devem procurar as casas para comprar – junto às imobiliárias cadastradas – sendo que os imóveis na cidade devem ser de até 200 mil reais e, no interior, de até 86 mil reais.
Ao todo, 49 famílias cachoeirenses já estão aptas a adquirir seu imóvel pelo Programa.
As residências que foram destruídas devem ser entregues à Prefeitura que dará outra destinação à área, uma vez que o local não pode ser novamente habitado.
O prefeito Leandro Balardin cumprimentou as famílias dizendo que, apesar de ser um programa do Governo Federal, quem produz e gera imposto para que tais programas sejam realizados são os moradores das cidades. “Sejam felizes nas novas casas, longe da enchente”, desejou.
Entenda como funciona - Cachoeira do Sul foi contemplada no Programa Compra Assistida do Governo Federal, uma parceria entre Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal, Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Município para compra de residências para famílias que tiveram sua casa destruída ou interditada na enchente de maio do ano passado.
Segundo o Ministério das Cidades o Programa Compra Assistida é a resposta imediata para quem perdeu tudo e faz parte do Reconstrução, na modalidade habitacional, que visa prover moradia a famílias que tiveram sua unidade habitacional destruída ou interditada definitivamente, em razão dos eventos que levaram à decretação do Estado de Calamidade pública no Rio Grande do Sul.
A Prefeitura, através das Secretarias Municipais de Gestão, Governança, Parcerias e Inovação e de Desenvolvimento Social, produziram relatórios técnicos, a partir de visitas in loco, que foram submetidos ao Governo Federal.