Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul - RS e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
CIDADÃO
EMPRESA
SERVIDOR
Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul - RS
Acompanhe-nos:
Rede Social Instagram
Rede Social Facebook
Notícias
AGO
15
15 AGO 2023
Cachoeira recebe o Fogo Simbólico da Semana da Pátria na segunda
receba notícias

O Fogo Simbólico da Semana da Pátria chega à Cachoeira do Sul na próxima segunda-feira, dia 21, conduzido pela Liga da Defesa Nacional. Ele será recepcionado na Escola Municipal Cívico- Militar de Ensino Fundamental Dinah Neri Pereira, às 13h30min. O Fogo ficará na Escola até o dia 1º de setembro, quando acontece a Corrida do Fogo Simbólico. No período que antecede a Corrida, o Fogo percorrerá escolas em momentos cívicos.

Semana da Pátria 2023 - As comemorações da Pátria desse ano têm como Tema Nacional o Centenário da Morte de Ruy Barbosa; Tema Estadual – Revolução de 1923; Tema Municipal – Brigada Militar – Cabo Toco.

Quem foi Cabo Toco?  Olmira Leal de Oliveira, popularmente conhecida como Cabo Toco, nasceu em 18 de junho de 1902, na localidade de Camaquã (Caçapava do Sul), foi a primeira mulher a integrar a corporação da Brigada Militar, em 1923, participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926 e é patrona da primeira turma de policiais militares femininas do Estado.

Aos 21 anos de idade foi recrutada para integrar as fileiras da Brigada Militar, como enfermeira e combatente no 1º Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada , com sede em Santa Maria. Graduada a cabo e devido a sua baixa estatura, atendia por “Cabo Toco.”

Cabo Toco era uma apaixonada por queimar cartuchos, não se limitando apenas às atividades de apoio. Empunhando seu fuzil, lutava lado a lado com a mesma valentia dos demais soldados. Depois de passar por várias batalhas com destaque de bravura, deixou a corporação em 1932.

Casou com Antonio Martins da Silva, em 1951. Ficou viúva em 1954, e passou a viver de pequena pensão deixada pelo marido. Mulher forte, guerreira, símbolo vivo da história do Rio Grande do Sul, sem descendentes, vivia em uma casa paupérrima na periferia de Cachoeira do Sul. Andava pelas ruas com sua velha carroça, cansada e sem rumo, carregando consigo a história que o povo não conhecia.

Mesmo sendo considerada uma heroína, Cabo Toco só ficou conhecida depois que, em 1987, Nilo Bairros de Brum e Heleno Gimenez venceram a 5ª Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do Sul com uma canção contando a sua história, na voz de Fátima Gimenez. Para a composição da letra, os autores tiveram que conquistar a sua confiança, para saber um pouco da sua trajetória de vida junto aos movimentos revolucionários, pois ela não gostava de falar do passado, e também tinha muita desconfiança com estranhos. Cabo Toco esteve presente na entrega da premiação da música, e viveu momentos de pura emoção ao ver sua vida contada em uma linda canção, apresentada para um grande público, que na sua maioria nem sequer sabia da sua existência.

Cabo Toco, quando faleceu, recebia pensão vitalícia especial, correspondente ao cargo de 2º Sargento da Brigada Militar concedida havia poucos anos, por parte do Governo do Estado. Olmira Leal de Oliveira faleceu em 21 de outubro de 1989, em Cachoeira do Sul, e está sepultada no Cemitério Municipal de Caçapava do Sul.

Na sua terra natal, foi homenageada com a denominação de uma Rua localizada no Bairro Noêmia, quadra compreendida entre as ruas Esperanto e Cel. Baltazar de Bem, através de Lei Municipal nº 054, de 08 de dezembro de 1989. A Brigada Militar de Caçapava do Sul também homenageou Cabo Toco em 21 de abril de 2007, colocando uma placa em seu túmulo com uma frase que faz parte da letra da música: “Entrei de frente na história e, acredite quem quiser, em vinte e três fui soldado sem deixar de ser mulher”.
Dia 30 de abril, a Guarda de Infantaria Farroupilha homenageou Olmira Leal de Oliveira – “Cabo Toco” – in memoriam, em frente ao “Reducto Farroupilha”, hoje Centro Municipal de Cultura Arnaldo Luiz Cassol.

 

Fonte: Gazeta de Caçapava – Fátima Jovane Nunes (Caçapava Memória)

 

 

 

 

Autor: Eloisa Uliana
Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia