A Prefeitura de Cachoeira do Sul através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, concedeu a licença para a instalação (LI) de 190,66 km de cabos de fibra ótica para a empresa Telefônica Brasil (Vivo). A liberação concedida pela Prefeitura coloca Cachoeira do Sul na vitrina da tecnologia no que se refere a banda larga de alta capacidade.
De acordo com a diretora de relações institucionais da Vivo, Laiana Souza, Cachoeira do Sul deverá ser a primeira cidade do Rio Grande do Sul a receber esta tecnologia da Vivo voltada para internet de banda larga de alta capacidade em linhas telefônicas fixas. Para se ter uma ideia da importância do empreendimento, a OI, que oferece o mesmo serviço em Cachoeira do Sul disponibilizada 2 megas de velocidade enquanto a Vivo poderá oferecer até 15 megas.
Com a liberação nesta semana da licença de instalação dos cabos de fibra ótica, existe a possibilidade das obras começarem ainda em 2016. “Quando planejamentos a obra em setembro de 2015 o investimento previsto era de R$ 4 milhões. Hoje estes valores devem estar maiores”, sintetiza Laiana. Antes de começar a obra ainda é preciso aguardar a liberação da AES Sul, já que 2,2 km são subterrâneos, mas o restante utilizará a mesma rede da empresa de energia elétrica.
LOCALIZAÇÃO: Os cabos serão distribuídos entre ruas centrais da cidade como David Barcelos, Júlio de Castilhos, Avenida Brasil e Pinheiro Machado mas serão instalados ainda em ruas mais distantes como Avenida dos Imigrantes, Amália Négri e Farroupilha. A licença tem validade de um ano, com vencimento em 27 de julho de 2017.
Quatro meses de trabalho
Para chegar ao resultado final e conceder a licença de instalação – LI, foram quatro meses de trabalho envolvendo diferentes profissionais como biólogo, engenheiro civil e engenheiro florestal. O biólogo Milton Martins, Licenciador Ambiental, explica que até mesmo o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) foi consultado. “A parte subterrânea passará em frente a prédios históricos e por isso foi preciso consultá-los”, explica. Martins conta que a rede subterrânea terá cerca de dois metros de profundidade e será escavada por robô.
Cada vez mais o setor de licenciamentos ambientais vem sendo peça chave em obras com impacto ambiental. Prova disso, foi a licença deferida para implantação do campus da UFSM, Estação de transbordo de resíduos na Ferreira e diversas outras feitas ao setor industrial e agrosilvopastoril. “Esta celeridade de atendimento é com certeza um avanço em relação à FEPAM que levaria em média bem mais tempo, pra não se dizer anos para conceder estas licenças”, destaca Milton.