O prefeito Sergio Ghignatti assinou na manhã desta sexta-feira (06) o decreto 024/2018 para a interdição total Ponte do Fandango, na BR 153. A partir de agora, a ponte está totalmente interditada para travessia de veículos de qualquer porte e pedestres. A decisão foi oficiada ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) e também a Trena Engenharia, responsável pela obra ponte, para que sejam adotadas as providências de responsabilidade de cada um com relação a sinalização, segurança do local e demais medidas cabíveis, bem como o Ministério Público Federal e à Polícia Rodoviária Federal para ciência da situação.
A decisão do prefeito foi baseada na necessidade de garantir a segurança e zelar pela vida dos cachoeirenses e de qualquer pessoa que passe pela Ponte do Fandango, assim como no laudo da assessoria Nacional de Perícia em Engenharia Civil e Arquitetura, assinado pelo engenheiro civil e analista do MPU, Luis Alberto Braun, que descreve que “Na situação atual, a continuidade do tráfego de veículos na ponte apresenta riscos quanto à segurança estrutural e integridade física dos operários e usuários. É recomendável a interrupção imediata do tráfego na ponte, inclusive de pessoas”. Baseado neste laudo, o Ministério Público Federal ainda emitiu na quarta-feira (04) a recomendação para que “o Dnit promova imediatamente a interdição da Ponte do Fandango, inclusive para o fluxo de pessoas, oferecendo um meio alternativo de travessia do Rio Jacuí”. O prazo dado foi de 24 horas, que acabou não sendo cumprido pelo DNIT.
Uma reunião no início da manhã desta sexta-feira entre secretários municipais, Procuradoria Jurídica, Defesa Civil e o comandante do 13º GAC e da Guarnição Federal, Sandro Valença, deu as diretrizes para a publicação do decreto de interdição da ponte. “Teremos três meses duros pela frente, em que a comunidade terá que se adequar em muitos pontos, mas essa medida precisava ser tomada. Não tomar esta atitude agora pode fazer com a gente se arrependa pelo resto da vida caso uma tragédia aconteça”, explicou Ghignatti.
Balsa
O Ministério Público Federal ingressou com uma ação civil pública na qual ficou determinado que o DNIT e União, em medida de urgência, disponibilizem travessia alternativa, segura e sem custo aos usuários durante o período do fechamento da Ponte do Fandango. No entanto, o DNIT e a União ingressaram com recurso e a decisão final ainda não foi tomada.
Por enquanto, a travessia através de balsa que está sendo oferecida terá que ser paga por quem utilizá-la. Os valores variam entre R$ 15,00 para automóveis até R$ 100,00 para carreta carregada. Motocicletas pagam R$ 5,00 e pedestres R$ 2,00.