O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais das pessoas, dando preferência a profissionais mais capacitados e que possuam um diferencial naquilo que se propõem a realizar. Abrir as portas para quem não tem qualificação ou tem conhecimento mas não tem comprovação disso, é a proposta da oficina de corte e costura oferecida pela Coordenadoria de Projetos Sociais e Culturais, coordenado pela primeira-dama, Jussara Ghignatti.
25 mulheres com idade entre 17 e 73 anos estão participando do curso, que começou no início deste mês de maio. Ao todo serão 40 horas de curso e todas receberão certificado. Cada encontro tem 4 horas de duração e acontece duas vezes por semana, ministrado pela costureira Liege Lamb, 74 anos de idade e 63 de experiência (ela começou a costurar aos 9 anos de idade). O curso conta com o apoio do Círculo Operário Cachoeirense, que cedeu as máquinas industriais de costura para a oficina.
A mais jovem delas, a estudante Letícia Rodrigues, de 17 anos, conta que já fez cursos de maquiagem, manicure e agora decidiu ingressar no curso de corte e costura. “Gosto de aprender sempre e quero ter uma profissão. Este é o primeiro passo para minha realização profissional e estou gostando muito do que estou aprendendo”, contou Letícia.
MAIS UMA QUALIFICAÇÃO – A artesã Reginara Verdum Siqueira, de 42 anos, mora no Quilômbo Cambará, mas não está medindo esforços para vir duas vezes por semana para a cidade para aprender e se qualificar em uma nova profissão. Para isso, ela deixa seus dois filhos em casa e sai cedo nos dias de curso. “Temos que aproveitar as oportunidades que temos. Não podemos deixar passar. Nem que para a gente precise fazer grandes esforços”, conta ela.
A artista plástica Cleusa Lisbôa, conta que já tinha um pouco de noção sobre corte e costura, mas está aprendendo no curso vários detalhes importantes da profissão, como por exemplo, tirar corretamente as medidas do corpo dos clientes e levar isso para os moldes. Como tem experiência em customização, Cleusa vai ensinar a técnica para as colegas, fazendo uma troca de experiência. “Aqui uma ensina para a outra o que sabe e todas se ajudam. É um curso muito bom”, enfatiza Cleusa.
Importante
As aulas acontecem nas tardes de terças e quintas-feiras, no subsolo o Espaço Iara Roedel e é coordenado pela professora Ivouny Dargélio.
Reginara: artesã está em busca de uma nova profissão
Liege mostra como levar as medidas para os moldes
Letícia tira as medidas de Cleusa sob o olhar atento de Liege Lamb